Passa a vida no escritório, preso aos processos a cheirar a mofo, entontecido pelos comentários dos colegas sobre as últimas da telenovela, nauseado pela exaltação do perfume do chefe. Para escapar à asfixia, valem-lhe as surtidas até à rua a ferver de trânsito, pé na soleira, mão suspensa no fumo de um cigarro.
In O homem que, pág. 45, Augusto Baptista
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