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terça-feira, 8 de junho de 2010

Código misterioso


Quando a mensagem, concisa, inopinada, lhe caiu na mesa, papel vagamente perfumado, o jovem cripto correu a decifrá-la. Lançou mão às chaves, aos processos, às grelhas mais secretas. A tudo a cifra resistiu, inviolável. Sem conseguir desvendar o mistério, envelheceu. E nunca perguntou, sequer à Ana, mesminho ao lado, que raio queria dizer aquele código, insondável sigla de cinco letras: amo-te.

In O Caçador de Luas, Augusto Baptista, gatopardo 2003


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