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quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Caçador de Luas

Pelo entardecer, monta a emboscada por detrás do outeirinho. À hora prevista, ela aparece, plena, radiosa.
Ergue-se, arpão na mão direita, firme. Rápido, vigor brutal, arremessa. Um silvo persistente rasga a noite, a noite pálida.
Seja o que Deus quiser, congemina a caminho de casa. E fecha-se na sala de troféus, onde já exibe uma esplendorosa lua cheia e dois razoáveis quartos minguantes.

In O Caçador de Luas, pág. 29, edições gatopardo, Augusto Baptista

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