Quando os jornais publicaram Saturno visto pelos olhos da sonda Cassini, o homem recortou a fotografia com religioso trato, colou-a na parede, em destaque. Ao alcance da mão, anéis iluminados, Saturno; longe, a Terra, ponto adivinhado em tons esvaídos.
Agora, quando coisa adversa sobrevém, num instante se põe em casa. E fecha-se no quarto, a matutar na estampa.
In "o homem que", pág 28, Augusto Baptista, edições gatopardo
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