O assalto à livraria consumou-se com o roubo de um livro, de um só livro, acontecimento tão insólito que o país se intrigou deveras. Os jornais, as rádios e as televisões não falavam de outra coisa. Para desvendar o mistério foi destacado um polícia muito arguto, que recolheu provas, fez as análises do costume e tudo o mais que estas coisas reclamam. E quando o caso parecia sem saída, o perito formulou a pergunta essencial: a quem aproveitaria tal crime, que bolsos inchariam com tanto falatório? Bom de ver: o autor do dito livro, logo preso! Um barbudo cadastrado, pinga-amores e desordeiro, um tal de Luís Vaz.
In o homem que, pág.22, Augusto Baptista
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