Sonhava escrever com a leveza do voo de um pássaro, assinar ofícios com o fulgor de uma estrela cadente, luz apenas.
Naquela tarde, gozo de menino a rabiscar paredes, resolveu adestrar a mão. Ritmos poéticos, a Parker corria leve no papel. Autónoma, precisa. Refulgências de ouro por baixo de "O Administrador-Geral". Ele absorto, perdido, cabeça longe.
Fez trezentas assinaturas assim. Trezentos ensaios perfeitos. Trezentos depedimentos de sonho.
In Histórias de Coisa Nenhuma e outras pequenas significâncias, pág 95, Campo das Letras, Augusto Baptista
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