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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Xirimbambada

A matilha de pardais salta do fundo do lago e, em cavalgada húmida, rasga galerias nos muros. Um bando de peixes alvorota-se dos montes a escorregar pelas ladeiras, alaparda-se no ninho. Os lobos, cardume sequioso, trepam as árvores em busca de comida. Só os porcos, extensa vara na xirimbambada, parecem bichos ajuizados, sem poderem acreditar no que os seus ouvidos cheiram, seus olhos escutam, seus narizes vêem.
In Elucidário Oblíquo do Reino dos Bichos, pág. 52, Augusto Baptista

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