IMAGINÁRIO
Observa as escadas rolantes em movimento incessante: dois troços, um para cima, outro para baixo. E imagina o troço ascendente a subir até um topo inalcançável. E, a inflectir para baixo, congemina o outro troço a mergulhar nas trevas infinitas.
E intriga-se como a nenhum estudioso, pensador, religioso, a ninguém tivesse surgido a ideia de recorrer a escadas rolantes no trânsito transcendental, por razões utilitárias na ligação entre o céu e o inferno, ou simplesmente para passear, queimar tempo, que então o há abundante, perpétuo.
Falta de lembrança.
Augusto Baptista
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