free counters

quinta-feira, 18 de abril de 2019

FUNÇANATA À CHUVA
Choveu tanto nesse Carnaval que, de repente, nas ruas jorraram rios, nas praças nasceram mares. E o Corso, delírio pluvial, viu os foliões ganharem guelras; as folionas magras transformarem-se em cachalotes; as feias, em sereias.
Mas a mais estranha ocorrência, nesse raro Carnaval, foi, no topo da hierarquia, o Rei Momo ser um cachucho – oh fantasia – com exígua barbatana anal, a verter, por essas redondezas, um repuxo de aguardente com sumo de limão e um cubo – gelado – de Rubik.
Augusto Baptista

Sem comentários:

Enviar um comentário